Portas E e FÚltima atualização: 06/06/2020

Quem observar o SPIKE Hub com muito atenção vai identificar que as portas E e F tem um símbolo ligeiramente diferente das outras portas. Inevitável a pergunta... Qual a diferença?

Diante desta pergunta, investigamos a questão. Para os que conhecem o LEGO® Mindstorms EV3 isso faz lembrar as suas portas específicas, como as que são usadas para o motor (saída: A, B, C e D) e as que são usadas pelo sensores (entrada: 1, 2, 3 e 4). Entretanto, no SPIKE, o conjunto de sensores e motores do kit padrão podem ser conectados em qualquer porta do Hub. Isso é possível porque ele detecta automaticamente se foi conectado um sensor ou um motor.

Outra hipótese está relacionada ao uso sincronizado dos motores (pairing). Entretanto, de acordo com a especificação técnica da LEGO®, os motores podem ser usados de forma sincronizada independente da porta em que foram conectados.

Nas especificações técnicas do SPIKE™ Prime, a explicação é que as portas E e F estão preparadas para funcionar em "alta velocidade".

Entramos em contato com a LEGO para questionar o motivo destas duas portas estarem preparadas para "alta velocidade". Ainda não recebemos uma resposta, por isso, por enquanto, podemos somente especular.

Para tanto, vamos considerar uma das características pouco conhecidas do "bom e velho" LEGO Mindstorms NXT que é o recurso de comunicações de alta velocidade implementado em sua porta #4. Por meio dessa porta, o Hub do NXT suporta comunicação bidirecional de alta velocidade em uma linha de dados multiponto.

Não conheço dispositivo desenvolvido que exija esta conexão de maior velocidade do NXT. Portanto, entendo que a LEGO incluiu a porta high-speed seja no NXT ou no atual SPIKE, visando dispositivos ou sensores futuros que exijam uma taxa maior de comunicação com o Hub. Ou mesmo, quem sabe, permitir múltiplas conexões usando a mesma porta como as disponibilizadas pelo protocolo P-NET (www.p-net.org). A comunicação é bidirecional e os dados são transmitidos digitalmente. Do ponto de vista da robótica, isso permitiria criar robôs com vários sensores, todos unidos por um único cabo, e permitiria também uma expansão fácil, basta conectar novos sensores à linha. Algo como fazem os splitters disponíveis para o EV3.

Portanto, no momento, a resposta que temos é a seguinte:

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